ÍCAROS SUÍCIDAS
A noite mais escura e sombria de todas as noites tombou sobre mim nessa
manhã dos anos teus como torres de babel em cinzas e ícaros suícidas em
queda-livre. No teu bolo despido de velas, o sopro dum anjo negro; o ar
escoa-se num medo incerto, kamikazes em céu aberto, e os parabéns
confundem-se desafinados em gritos pungentes de morte prematura, nos
embrulhos desventrados sem presentes, nas entranhas fedidas dum monstro
de pedra e aço com alma de gente. Repito-te que os Homens não podem
voar, mas não acreditas. Se não voam, perguntas-me: então porque se
atiram eles?, como heróis de ficção, mascarados da bd, aracnídeos
lançadores de teias, desses que velam o sono do teu herói-menino.
Ilumina a noite mais escura e sombria de todas as noites, o menino de
uma avó que ainda canta na hora do óó, reacende a chama no embalo de um
sorriso e faz da esperança o meu caminho, na noite mais fria o calor do
teu abraço.
Assim sim...
ResponderEliminarELE ESTÁ de VOLTA!
Uma prosa plena de poesia como eu gosto. Por vezes o ser humano tem de arriscar e tentar voar...
Lindo amigo, uma publicação ao teu nível, welcome back
Às vezes, passamos situações que nos levam ao limite, no entanto, é respirar fundo e prosseguir, pois todo instante é apenas instante, passa. Ainda há esperança, só basta olhar para o alto de onde vem o socorro.
ResponderEliminarVoar? Talvez...
Apesar de bem realista, sua prosa poética está muito boa, Miguel!
Beijinhos.
Proseando num dia